Lírico

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Greenland
Toda eu sou alma. Todo eu sou frio, branca como a neve. Toda eu sou sonho, céu, nuvem. Toda eu sou girassol. Toda eu serei tua, se assim o entenderes.

23 de outubro de 2011

Bocados do nada que há em mim


Corro,
Saltito entre ideias,
Busco o que de melhor há em mim.
Não te encontro; sonolenta, uma voz me chama
E caminha lado a lado com meu e apenas meu pensamento.
Sofro por não chover e transmito sensações;
Suspiro a brisa que me apresenta
Mundos novos e ideais
Defuntos.
O caos…

Será?
Tudo evaporou,
Se infiltrou em terra
Firme como rochedos perdidos.
Montanhas desaparecem a cada milhão,
A cada lento movimento teu. Desprendo-me
Rapidamente do que alguma vez cheguei a conhecer.
Quero esgotar as palavras, os termos
Que alguma vez aprendi.
Desaprender!
Sumir-me,
Voar…

Vê,
Sente,
Observa,
Abre a mente,
Encontra-te na imensidão.
Repara na transformação que causaste em mim.
Revolto-me? À tua espera, outra vez, deixo-me ficar quieta,
Imóvel, desperta.
E quando nada me ocorrer, voltarei a mim;
Conquistarei os rios e lagos: o Universo!
Sentar-me-ei,
Serei eu mesma noutro alguém:
Um bocado de nada…


Texto e fotografia: Bárbara