Não esperes, não desesperes! Vem para junto de mim afastar estas labaredas que me transformam no fogo reflectido em teus olhos. Vem! Vem cruzar o meu caminho com o teu e atravessar o rio de tempo que me atravessa.
O que digo pouco me importa, pouco te deve importar. Mais do que as palavras existem silêncios; mais do que rimas, mais do que insignificantes rumores vive em mim um entrave constante em te ter e te perder. O medo consome os fracos, a coragem apenas cabe nos mais fortes! As ilusões diluem-me os pensamentos, prendem-me o simples malabarismo de sentir, de fantasiar os olhares e as brincadeiras infantis, os risos e as palavras doces ao ouvido.
Quero voar, correr e não mais parar! Anseio a vida e ignoro os dias que somam à minha morte. Olho o arco-íris e esse espectro esperançoso difunde o que mais preciso de sentir, o que de mais belo poderia encontrar. Encontrei-te! És o arco-íris e em cada cor representas mais que uma marca, mais que uma síntese das memórias que em ti e só em ti serão gravadas. O fim está longe de começar; o inicio, esse, está muito longe de chegar ao fim.
Desenho: Alexandra Ramos
Texto: Bárbara Patrício
Desenho: Alexandra Ramos
Texto: Bárbara Patrício