Lírico

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Greenland
Toda eu sou alma. Todo eu sou frio, branca como a neve. Toda eu sou sonho, céu, nuvem. Toda eu sou girassol. Toda eu serei tua, se assim o entenderes.

14 de fevereiro de 2014

Rios de tinta



Os sonhos são rios de tinta que percorrem todo o meu corpo e me mantêm o coração palpitante. E é o ânimo, toda esta vontade de viver tanto sem porquês, é a paixão por aquilo que ainda não vi que me consome e atormenta! Mas vem o medo e destrói esta ânsia de percorrer mundos, chega a dúvida e há algo que morre e se esvai como uma onda acabada de esmorecer na areia.

Quero desfrutar de outro Sol, do outro lado lunar, de diferentes oceanos e perspectivas de céu. Anseio o que não tenho graças à estupidez causada pela minha insegurança. Um dia, tudo terá mais luz e o viver despertará a mais pura felicidade. É tempo de mudar rumos, traçar caminhos, esquecer que o passado alguma vez me aproximou de tamanha podridão; é necessário rasgar este vazio na alma que me prende de ser livre.

Mais uma vez, desejo voar sem nunca levantar os pés do chão, dormir com os meus olhos bem abertos e viajar olhando os teus. Percorrer o mundo é um sonho, procurar uma razão de existir é querer ser diferente.

E eu quero tudo contido num pedaço de absolutamente nada.

Quadro de Leonid Afremov