Lírico

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Greenland
Toda eu sou alma. Todo eu sou frio, branca como a neve. Toda eu sou sonho, céu, nuvem. Toda eu sou girassol. Toda eu serei tua, se assim o entenderes.

3 de junho de 2010

Genuíno?



Gostaria de atirar á brisa leves pensamentos, pequenos bocados de história, simples partes que já me remataram por completo e que agora são apenas entendimentos mas presumo que esteja demasiado vento para os lançar. Queria olhar o céu e demarcar o meu território lunar, conjugar conjuntos de estrelas, observar macroscopicamente os planetas tão misteriosos mas existem demasiadas nuvens a cobrir-me o olhar. Pensei em banhar-me de sol para que este me iluminasse a alma, o corpo, a própria mente, mas a chuva apodera-se do tempo não deixando dúvidas.
Mas, mas, mas… Há algo que não possua um “mas” medonho por detrás? Há coisas que simplesmente não têm explicação?

Quanto à primeira pergunta respondo indiferentemente. Sinceramente, não consigo recordar-me de algo tão divino e espectral; quanto à segunda, afirmamente returco. Há factos que, por incrível que pareça, não obtêm contestação. Tudo acontece, tudo se dá, tudo se vai e apenas alguns permanecem. A culpa recai sobre aqueles que nem sempre a detêm: faz parte da justiça até deste nosso território. Logo, poderá completar também parte de nós. E infelizmente completa.

Nada do que era sincero e genuíno existe já. As imitações estão a tornar-se capazes de mais para as originais lhe fazerem frente. Este parecer com que nos preocupamos tanto não vale rigorosamente nada. Senão pensemos: de que nos vale parecer ser uma pessoa que não somos? Para muita gente, esta pergunta nem sequer possui um motivo para discussão.

O fustigar da chuva trazida pelo forte vento na janela perturbam-me. Ao menos isto sim, é genuíno. A Natureza é tudo, a Natureza dá tudo! Esta universalidade baseia-se na elementar dicotomia entre amor e ódio, numa bipolaridade fenomenal e catastrófica. Podemos facialmente equiparar-nos a ela. Com uma diferença: nós podemos escolher apenas uma, temos a capacidade de rejeitar uma outra.

E eu rejeitei aquela que nunca habitou em meus actos, em minhas pequenas acções ou gesticulados termos. Ódio gera ódio! É neste ciclo vicioso que a humanidade vai caindo sem se dar conta que se desprotege, se aniquila a cada termo, a cada ultraje vindo do interior. À semelhança deste, outro sentimento edifica estes períodos viciosos que articulo e será apenas este que nos conservará e acompanhará; só ele está habilitado a fazer-nos sorrir, continuar a lutar por nós, por todos os outros!

O amor!

É capaz de regenerar algo partido em milhentos bocados; realça a alma adormecida após um sono de profunda controvérsia; constrói as mais gigantescas muralhas de protecção, as mais belas citações e pensamentos difundidos num só ser, num simples olhar perdido de um mundo realmente profano.

Isto sim, é verdadeiramente genuíno, não havendo espaço para imitações.

Bárbara Patrício

4 comentários:

dRiKa disse...

AmEi*

tu sim escreves muitissimo bem*

Marta Sofia disse...

o genuino faz toda a diferença (:

Marta Sofia disse...

sê sempre genuina :)
deixa estar que eu tambem ADORO aquela musica *-*

Diego Monteiro disse...

Sim gostei...

*.*

Mas penso q o amor também causa danos...