Um belo par de pensamentos cruzados me faz levitar e reflectir acerca do que quero para mim num futuro próximo. Sim! Eu gosto de falar de tempos vindouros, daqueles que ainda vêm a caminho da rota da felicidade para se cruzar comigo na sexagésima avenida de um sentimento só meu, daqueles que porventura possam tornar-se num Everest de gélidos e preconceituosos planos ou num Sarah de abrasadoras e aconchegantes premonições.
Os meus olhos vêm-te vezes sem conta até o Sol deixar de te contornar os únicos traços da fronte; mesmo sem a tua comparência, estás presente! O céu e as nuvens disputam o melhor lugar: e envolvem-se num demorado aceno, naquele permutar de paralelas voltas e reviravoltas, numa viciante agitação entrelaçada entre ambos.
E tocam-se uma vez, e outra, e outra… o jogo não descontinua e os vencedores entregam-se aos vencidos com um doce movimento requintado pelo brilho avermelhadamente intenso do pintor universal. Tantos pensamentos, tantas mutações na alma amenizada pelo açucarado paladar da curiosidade excessiva… não quero inverter!
O tempo corre num vagaroso compasso de encontros e despedidas com a vida com que demasiadamente sonhamos. Os sonhos são apenas perspectivas encantadas da realidade que por vezes nos custa a aceitar: é apenas uma maneira de quebrarmos as barreiras da limitada existência e do curto espaço que possuímos a fim de conquistar aquilo que nunca poderemos alcançar. Somente a veracidade dos factos nos oferece a tão desejada consistência no olhar.
O livre pensamento cruzado baseia-se neste conjugar de emoções que nos confundem e nos levam a indesejadas vitórias travadas connosco próprios. E é nestas ocasiões que as certezas que nem sempre gostaria de desfrutar acerca da minha verdade se defrontam comigo na diminuta e intemporal caminhada que insisto em percorrer.
Tudo me foge, tudo se afasta de mim… a arrogância não é motivo de discórdia entre nós. A ternura contida nas minhas palavras trazem-me mais do que aquilo que pensava que acarretassem. Por fim, pactuo comigo mesma: de nada me vale diminuir o olhar e interromper a competição até porque as insistências conferem-me um motivo para cessar aquilo que me é completamente inútil.
Tudo aflui, tudo inevitavelmente reaparece… é uma das leis naturais da existência humana. O que neste momento me escapa entre os dedos, futuramente se infiltrará no correcto lugar onde permanentemente deveria residir. A totalidade baseia-se na conjugação de milésimas insignificâncias, possibilitando a plenitude de muitos e a inutilidade de tantos outros.
Bárbara Patrício
4 comentários:
amei :)
Inspiras *
Beijinho :)
selo - http://riiscos.blogspot.com/2010/06/sss.html
vou seguir *.*
obrigada *-*
beijinho :)
FANTÁSTICO, FANTÁSTICO !
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