Lírico

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Greenland
Toda eu sou alma. Todo eu sou frio, branca como a neve. Toda eu sou sonho, céu, nuvem. Toda eu sou girassol. Toda eu serei tua, se assim o entenderes.

25 de abril de 2009

O que sou…

Eu?
Eu sou como o vento: nunca paro.
Sou como os pássaros: livres e sem destino.
Sou como a água: límpida e fresca.
Sou como as montanhas: altas e esguias.
Sou como os cofres: guardo safiras e rubis.
Eu sou o que sou e não me peças um modelo porque eu sou única.
Quando me olhas de lado, sabes que sou o que nunca serás;
Quando me magoas, sabes que não vou cair
E se o fizer levantar-me-ei sempre.
Quando eu te peço ajuda e tu simplesmente me ignoras,
Seguirei sozinha o caminho.
Quando ficas feliz com os meus erros,
Podes vangloriar-te à vontade: são apenas pequenas falhas.
Quando me ignoras e isso te faz sentir bem,
Lembra-te que também serás ignorado.
Podes tirar-me tudo o que tenho,
Tudo o que mais amo e sem o qual não suporto viver.
Mas não me tiras o que de único existe em mim,
Que mais ninguém à face da Terra possui: o que fui, sou e sempre serei.
A minha arte de viver, os meus gestos,
A minha personalidade, as minhas parvoíces, o meu próprio “eu”
Isso tu não me podes tirar.
Não me invejes nem cobices;
Não me desejes nem me anseies;
Não me critiques nem me afundes no oceano,
Pois nunca serei o que queres que seja.
Deixa-me!!!
Não me prendas mais.
Não quero que me possuas, não quero que me magoes,
Não quero que me faças cair, não quero que me critiques.
Apenas que me completes, que me causes felicidade,
Que me ajudes a levantar, que me construas,
Que me libertes do escuro do oceano.
Não quero saber o que pensas de mim,
Se gostas ou não de como sou ou deixo de ser.
Só sei que falas de mim, logo importas-te comigo!
A tua opinião só me importa se for para me construir.
Se o que queres é destruir-me, o teu conceito de mim pouco me interessa.
Da inveja faço um degrau e das pedras que me atiras
Farei um grande castelo que me protegerá.
Deixa-me voar livremente, desvendar conhecimento que não possuo,
Pairar sobre os Humanos e o resto,
Preencher as fendas do mundo com algo benigno e inestimável.
E o mais importante: deixa-me ser “eu” à minha maneira e não à tua.

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