E se um dia o mundo for apenas um lugar longínquo? E se um
dia esse lugar acabar por ser muito mais que apenas um mundo?
A tua camada espessa e opaca não me permite verificar a
existência do que quer que seja. Porque tens de ser assim? Desculpa perguntar,
jurámos que não haveriam tais interrogações. Mas que devo eu perguntar e porque
estou a desculpar-me?
As pessoas não deveriam prometer aquilo que sabem que não
conseguirão cumprir. O problema é não estarmos minimamente conscientes das
nossas escolhas e desconhecermos, até num futuro próximo, o desígnio da mente e
da alma. Questiono-te não pelo prazer de
te ver às aranhas sem saberes o que dizer mas pela simples busca de respostas,
desejo único da própria pergunta.
Há um propósito que sobressai aos inúmeros apelos da minha
curiosidade: perceber os teus limites. Mais do que ter conhecimentos dos nossos
pontos fracos, poderíamos obrigar-nos a entender as fraquezas alheias. E nisso,
foste de uma mestria incrível.
As pessoas alteram-se constantemente, num ritmo ainda mais
acelerado que o eterno enamorar da Lua sobre a Terra. Isto é o que vemos nos
livros, teórica pura. A prática começa quando obtemos dor a partir disso.
Experiências laboratoriais quotidianas que acabam em explosões de tamanho
considerável.
Mas teremos de aprender a soletrar, ir indo ao som do vento,
tendo paciência ao absorver a chuva e acabar por sorrir, mesmo que seja só por
dentro.
Imagem: Angela Northon
6 comentários:
r: tenho tanto receio que continue assim :/
"As pessoas não deveriam prometer aquilo que sabem que não conseguirão cumprir. O problema é não estarmos minimamente conscientes das nossas escolhas e desconhecermos, até num futuro próximo, o desígnio da mente e da alma"
Tão verdade!
Concordo com o que dizes-te, e realmente as pessoas quando prometem devem cumprir com elas :)
r: Obrigada, fico contente por saber isso*
R: Mesmo lindo *.*
As promessas mentirosas são epidêmicas nesta sociedade do imediato!
adorei :D
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